Esta semana aconteceu em São Paulo um evento muito esperado por alguns Fashionistas do Brasil: o SPFW (São Paulo Fashion Week). Receber um convite para o tal evento é um sonho de muitos estudantes de moda, porém a disputa por lugares na plateia dos desfiles é extremamente grande e muita gente acaba ficando de fora.
Para quem não sabe Paulo Borges é o idealizador do evento, através da Luminosidade (escritório responsável). Juntos com uma série de empresas responsáveis pela montagem da estrutura, cenografia, comunicação visual e ambientação do local (atualmente no Parque Candido Portinari).
O RA! Deu um pulinho por lá no primeiro dia (31/03) e conferiu de pertinho o desfile da Cavalera, que mais uma vez deu um show de estilo e cenografia nas passarelas.
A grande questão que levantamos com nossa presença no local é: Será que o evento representa mesmo a Moda Brasileira? Ou será que as marcas que estão ali presentes querem apenas melhor visibilidade comercial?
Para nós, existe um abismo enorme entre o evento em si e as salas de desfiles nele existentes.
Ao entrar nos deparamos com ambientes enormes e inexplorados, com muitos especialistas da área visitando os diversos Lounges (produzidos e estilizados pelos próprios patrocinadores do SPFW). Muita conversa e troca de ideias, porém tudo muito restrito. O que deveria ser um universo de informações para profissionais, acaba virando uma grande sala de “fazer social”.
O que falta então para o sucesso da apresentação? Conteúdo. Apesar de sermos leigos ao falarmos de moda, é nítido a falta de informação para o público visitante. Já que Moda é o assunto principal, por que não explorar o espaço fora das salas de desfile com painéis explicativos, demonstrações de estilistas em ascensão ou até mesmo pequenas exposições abordando o tema? São estilistas desconhecidos, pessoas que se interessam pelo assunto e admiradores do tema que realmente são responsáveis pela moda que vemos na rua, não apenas grandes marcas (que muitas vezes por altos preços são inacessíveis a vários grupos da sociedade).
Já dentro das salas, o recado na maioria das vezes é dado. Como no exemplo da Cavalera, além da exposição dos produtos, a marca ainda contou com uma pequena manifestação trazida pelos modelos que mostrava através de Cruzes com palavras e expressões discutidas no atualmente no país. Por que não levar coisas deste tipo para o evento como um todo?
O Ra! adorou a experiência de visita ao local! E acredita que críticas são sempre construtivas! Aproveitem o próximo evento para tirarem suas próprias conclusões e responderem a pergunta que iniciamos o post! 😉